O Rio Grande do Sul acaba de receber uma notícia que aquece o coração de todos os amantes da cultura e da literatura: o Banrisul anunciou oficialmente a criação de um instituto dedicado à cultura e, de quebra, um robusto investimento de R$ 10 milhões em bibliotecas do estado.
A novidade foi apresentada em uma coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (25), no Salão Nobre do Banrisul, em Porto Alegre. Participaram do evento o presidente do banco, Fernando Lemos, o governador Eduardo Leite e a ex-secretária de Cultura, Beatriz Araujo — nomes de peso que deixaram claro que a cultura voltou a ser prioridade no cenário institucional do RS.
“Este é um passo estratégico. A criação do Instituto Banrisul Cultural representa o fortalecimento da nossa identidade e do nosso compromisso com a memória, a leitura e as artes do nosso estado”, afirmou Fernando Lemos.
O montante de R$ 10 milhões será distribuído ainda este ano entre 36 bibliotecas gaúchas, abrangendo diversas regiões do estado, incluindo cidades como Rio Grande, Pelotas, Santa Maria e Caxias do Sul.
A estrela do pacote, no entanto, é a Biblioteca Pública do Estado, localizada na capital. Ela receberá R$ 1 milhão, somando-se a um valor idêntico captado junto à empresa Schell, considerado o maior patrocínio da história da instituição.
O Instituto Banrisul Cultural: objetivos, sede e impacto esperado
A criação do Instituto Banrisul Cultural marca uma guinada importante na política cultural da instituição financeira. Com foco na preservação do patrimônio cultural, incentivo à leitura, apoio a projetos artísticos e modernização de acervos, o instituto deve funcionar inicialmente na sede do banco, no Centro de Porto Alegre.
No entanto, já está em curso uma negociação para a ocupação de um prédio histórico, também localizado no Centro Histórico da cidade. O local exato ainda é mantido em sigilo pelo governador Eduardo Leite, mas a promessa é que será um espaço simbólico, tradicional e de grande valor afetivo para a população.
O instituto terá como missão central organizar, promover e apoiar ações culturais que valorizem a produção artística gaúcha, especialmente em tempos de reconstrução e revalorização do setor no pós-pandemia e diante dos recentes desafios climáticos que afetaram o estado.
Entre os possíveis braços de atuação do novo órgão cultural do Banrisul estão:
Criação de editais para financiamento de projetos culturais.
Promoção de eventos, festivais e feiras literárias.
Formação de parcerias com escolas e universidades.
Conservação de acervos históricos e bibliográficos.
Desenvolvimento de ações de inclusão cultural e acessibilidade.
Bibliotecas beneficiadas: quais cidades receberão o investimento?
Embora a lista completa das 36 bibliotecas contempladas ainda não tenha sido divulgada em detalhes, sabe-se que os recursos contemplarão tanto a capital quanto municípios do interior, com foco em instituições públicas e comunitárias que prestam serviços educacionais e culturais essenciais.
Algumas das cidades confirmadas que receberão recursos:
Cidade | Biblioteca destacada | Valor estimado (parcial) |
---|---|---|
Porto Alegre | Biblioteca Pública do Estado | R$ 1 milhão |
Pelotas | Biblioteca Pública Pelotense (prevista) | A definir |
Santa Maria | Biblioteca Municipal Henrique Bastide | A definir |
Rio Grande | Biblioteca Rio-Grandense | A definir |
Caxias do Sul | Biblioteca Pública Municipal Dr. Demetrio Ribeiro | A definir |
Segundo Beatriz Araujo, o objetivo é "descentralizar o investimento cultural", alcançando bibliotecas em diferentes regiões, inclusive em áreas periféricas e cidades com menor acesso à cultura.
O investimento pode ser usado para reformas estruturais, compra de livros, digitalização de acervos, capacitação de pessoal e modernização dos espaços, com foco em ampliar o acesso da população aos serviços de leitura e pesquisa.